TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 12 de setembro de 2015

Onde fica o texto?

Ao ouvir Mauro Senise junto a Gilzon Peranzzetta, ao som da música “Choro, porque não”, expresso-me no verbo correto. Mesmo que a comunicação entre nós e os músicos ocorra além e aquém da cóclea ou do nervo auditivo.

No vídeo em que tocam juntos os músicos se corrigem e fica nítido que a centralidade da linguagem na audição.

Mas o texto fica em quais sentidos?

Algo indefinido. Ele é como uma fala interior. Uma história relembrada ou inventada, um discurso, uma narrativa, uma expressão.

Especialmente interior.

O texto não é apenas visão, oralidade, audição ou tato.


Por analogia ele é sabor. Pode ter um odor. Mas sobretudo é o nosso encontro silencioso. Quase uma telepatia.  

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