TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Cantiga sonhada

Vou contar nestes versos dosados
As coisas bonitas que gosto de ouvir,
Que falam de astros e sonhos vividos
No frio suave de manhãs mais alegres,
Aconchego da alma, mistérios de mim,
Entre doces lençóis e trinos silvestres.

Coisas que dizem das forças perenes
Das firmes certezas dos dias de sol.
Das dobras ardentes, de amores fiéis,
Ofertados aos corações bem amigos,
Amores prudentes e correspondidos,
Romances de filmes e livros dourados.

Contar nestes versos de tempos antigos,
Das eras guardadas em castelos mimados,
De príncipes, quimeras, de fadas, gnomos,
Florestas, princesas, salões e paisagens...
De um filme escondido no peito menino
Que navega além-mar e trafega nos céus.

Vou contar nestes versos as lutas do eu
Vencendo dragões, miragens, visagens,
Para ouvir coisas que falam no descobrir
As histórias, os lugares, pessoas e cânticos,
Desenhos iguais no teto ligeiro das nuvens
Que vagam estradeiras em pastos e campos,

Lugares animados, enfeitados de flores,
No horizonte festivo de luzes e tintas.
E foi assim que contei das coisas bonitas
Que gosto de ouvir nas letras das noites
Pausadas, serenas, dos versos e prosas,

Ao sabor do presente em favos de mel.

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