TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Só os tolos consideram aquilo felicidade - José do Vale Pinheiro Feitosa

“Não tenha inveja daqueles que vivem no paraíso dos tolos, pois apenas um tolo consideraria que aquilo é felicidade” – Bertrand Russel em 1969, no Um Decálogo Liberal

Vamos juntar os “causos”: rolerzinho, aumento de presos no Brasil e 85 bilionários com patrimônio igual ao que tem metade da humanidade. São assuntos que abordei nas últimas três postagens.

Fazem sentido: a ditadura dos bilionários (decidem onde e como investir, como deve funcionar a produção, a distribuição e o consumo e, portanto, a política, a cultura, as instituições do Estado e a religião) exclui, persegue, aprisiona e pune. Cria regimes políticos e instituições, os mantém e os conserva.

E antes de tudo têm o controle quase absoluto da violência. Criam e controlam as forças que reprimem e punem. Uma civilização com esta característica é mais absoluta do que o Olimpo Grego. Naquela civilização os deuses (ou os conceitos que representavam) se contradiziam. Nesta a hegemonia pretende-se total.

Agora retorno ao décimo ponto de Bertrand Russel. Só os tolos acreditam que algo assim é duradouro e permanente. O controlador absoluto sofre o controle absoluto. O seu controlado o controla. O controla pela necessidade permanente que o controlador tem de controlar.


Mas é preciso enxergar que só os tolos consideram o seu sucesso dentro desta ordem como a felicidade.  

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