TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 28 de fevereiro de 2009

25.02.2009

(ao som do Wolfmother)

minhas crenças se dispersaram
num dia assim

de máquinas agitadas
de cortinas metidas em janelas mórbidas
dessa cidade muda, em cinzas

emito sinais
para alguém no futuro
que deve sacar meu desespero
e deve, de quebra, mandar uns recados
no dialeto desconhecido do porvir

ele lá de seu lugar também torce
como quem determina a morte e o destino
de um mero herói solitário

pertenço a ele
e ao tal futuro sem corpo
que ainda me parece tão somente
essa puta loira, que me sorri do calendário

Um comentário:

Domingos Barroso disse...

Essa sensação de morte presumida
na face dos outros quando bate nos dedos assombra o tempo presente e futuro.

Meu camarada,
a loira do calendário refresca.

Um forte abraço.