TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 22 de novembro de 2008

Das Contentações

Por dois dias Assumpção ali
Sentada naquela pedra
Por dois dias dois séculos
Sobrecarregaram inteiros
Os seus dois ombros

De nada adianta
Renegar de forma alguma
O evadir-se de si
E vê que essa fome não
É nenhuma forasteira

Por dois dias Assumpção ali
E a pedra dentro dela
A expandir por dois séculos
A sua solidez sozinha
sem nenhuma conta paga

2 comentários:

Domingos Barroso disse...

A sede de si próprio é interminável.
Abraços, meu camarada.

Marcos Vinícius Leonel disse...

Valeu poeta, tenho acompanhado a sua produção, pena que ainda sem muito tempo para comentar.
abraços, irmão